Vereadora Joana Baptista apresenta projetos de transporte público de Oeiras
No passado dia 25 de junho, a Vereadora Joana Baptista apresentou a estratégia de Oeiras para o transporte público em sítio próprio no painel “Corredores BRT: A revolução da mobilidade urbana sustentável”, integrado no II Fórum Mobilidade e Transportes, e no qual participaram também o Vice-Presidente da CM Cascais, Nuno Piteira Lopes; e de Pedro Dinis, Diretor Municipal de Mobilidade da CM Lisboa.
A discussão do tema iniciou-se com uma apresentação do Prof. João Figueira de Sousa, que também moderou o debate, e que destacou de forma sucinta as principais características e potencialidades dos corredores BRT, tais como a maior eficiência e velocidade comercial do transporte, por circular em sítio próprio; os custos mais reduzidos de investimento na estruturação do serviço, visto basear-se num meio rodoviário; e a grande capacidade de articulação das suas redes no espaço público, como verificado em vários exemplos à escala internacional, entre eles a cidade de Curitiba, pioneira na sua implementação.
Já na conversa que se seguiu, a Vereadora Joana Baptista destacou que os projetos em que Oeiras está a trabalhar no presente começaram a ser pensados na década de 1990, sendo os espaços-canal para esses meios de transporte sido inscrito em PDM nesse período.
Na sua visão, tal contrasta com a ausência de planeamento à escala nacional, que tem conduzido a que projetos de extrema relevância, como a instalação de um corredor BRT na A5, seja sucessivamente adiada há mais de 30 anos, prejudicando o desenvolvimento económico e social da região, mesmo quando o projeto está consensualizado com os municípios de Lisboa e Cascais.
O Vice-Presidente da CM Cascais concordou com as afirmações. Para Nuno Piteira Lopes, não é possível promover o transporte público quando “60% da população vive a norte da A5, mas a linha de comboio segue paralela ao mar”. A concretização de um corredor BRT na A5 permitiria uma melhor ligação de Cascais e Oeiras a um maior número de destinos na cidade de Lisboa, permitindo uma verdadeira transição modal para o transporte público.
Idêntica opinião é partilhada por Pedro Dinis, que considerou que beneficia dessas ligações estruturantes, essenciais para garantir que um menor número de veículos entre diariamente na cidade. Nesse sentido, além do corredor BRT na A5, considerou também essencial a concretização do LIOS, que está a ser trabalhado juntamente com Oeiras, para melhorar a ligação entre os dois concelhos; ou ainda a extensão e reformulação da linha do elétrico 15E, que deverá estender-se da Praça da Figueira até Sacavém; e de Algés até à Cruz-Quebrada.
A Vereadora Joana Baptista concordou, sublinhando a intensa cooperação mantida com Lisboa para concretização desses projetos, e também com o Município de Sintra, de modo a permitir que o SATUO volte a ser uma realidade, capaz de ligar Paço de Arcos a esse concelho, atravessando os vários parques empresariais.
Na sua perspetiva, é nas relações com entidades da administração central, como a Brisa ou a IP, que se verificam maiores dificuldades, como se constata tanto no caso da A5, não apenas pela inexistência de um corredor BRT mas também pelas deficiências ao nível dos nós de acesso; como no caso das estações de comboios, como a de Algés, que no presente não correspondem às necessidades de conforto e segurança dos seus utilizadores.
Os restantes oradores do painel concordaram que as relações com a administração central são por vezes morosas e complicadas. Todavia, o debate terminou com a nota de esperança de que, com o alinhamento verificado entre todos os municípios, o Governo e as entidades públicas com tutela sobre as infraestruturas de transporte, esses projetos estruturantes possam, de facto, tornar-se uma realidade nos próximos anos, favorecendo uma mobilidade mais eficiente, cómoda e sustentável para os utilizadores.
Juntos movemos Oeiras!
28/06/2024