Rui Rei – Infraestruturas & Tecnologias nas Cidades
Na 5ª Conferência Cidades & Logística, promovida no passado dia 09 de julho pela APLOG – Associação Portuguesa de Logística, com o apoio institucional da Parques Tejo e do Município de Oeiras, um dos temas em discussão prendeu-se com o futuro das Infraestruturas & Tecnologias, e da forma como estas impactarão o setor logístico.
Na abertura do painel, o keynote speaker, Rui Rei, apresentou algumas breves notas sobre o conceito de smart cities, entendidas como espaços onde são aplicadas soluções digitais à gestão das infraestruturas e dos serviços urbanos, de forma a gerar maior eficiência, conforto e sustentabilidade, com benefícios para cidadãos e empresas.
De acordo com esse conceito, o presidente da Parques Tejo referiu as inovações que Oeiras está a implementar, sobretudo no domínio da mobilidade, e que vão desde o investimento numa nova infraestrutura de transportes públicos em sítio próprio à sensorização do território, além da conceção do futuro Centro de Operações e do desenvolvimento progressivo da app Oeiras Move.
O tema marcou também a conversa que se seguiu, moderada por Carlos Simão, diretor da revista “Logística Moderna”, e no qual Ana Salgueiro, diretora da rede de Centros Koiki em Portugal, descreveu esse projeto como uma empresa de entregas sustentável, baseada na utilização de meios suaves e pedonais; e com forte responsabilidade social, privilegiando a contratação de pessoas em risco de exclusão social e laboral.
Na discussão participou também Milana Dovzhenko, que além de apresentar a Bairro Direct, startup do setor retalhista, que atua em parceria com diversas marcas, destacou o papel dos centros de micrologística em agilizar as operações de distribuição, representando tanto uma oportunidade de desenvolvimento de novos negócios como novos desafios de adaptação por parte das empresas do setor.
Ainda nesse contexto, Filipe Carvalho, CEO da Wide Scope, abordou a necessidade não só de otimizar as rotas de distribuição, sendo essa a principal funcionalidade do software Routyn, desenvolvido pela empresa; como de melhorar a gestão de operações entre centros de distribuição, domínio em que concordou com aas participantes anteriores a respeito dos centros de micrologística.
Já abordando a questão do ponto de vista do meio ambiente, Acácio Pires, Policy Officer na ZERO, levantou considerações sobre um conjunto de aspetos ligados à transição energética das frotas, apontando a necessidade de maior conciliação entre a produção de energias renováveis e o seu armazenamento em baterias com o fornecimento de energia tanto aos veículos como às infraestruturas ligados à operação logística.
A segunda metade do debate focou-se sobretudo na articulação entre municípios e operadores, sendo que tanto Milana Dovzhenko como Ana Salgueiro manifestaram a disponibilidade das suas empresas para, a prazo, iniciarem operações em Oeiras.
Nesse âmbito, Rui Rei referiu que, muito embora Oeiras ainda não disponha de um Plano de Logística, essa é uma matéria que se encontra a ser trabalhada, já existindo alguns passos concretos, como no Mercado de Algés, onde em acordo com os comerciantes foi possível definir com maior precisão os horários de cargas e descargas. E como nota de encerramento do debate, sublinhou que “o que queremos, e que é necessário, é agregar a política de mobilidade à política de logística, para melhor gerir o território”.
Juntos movemos Oeiras!
11/07/2024