
Rui Rei apresenta visão integrada de mobilidade para Oeiras
Em entrevista ao jornal Construir, Rui Rei, presidente da Parques Tejo, revelou os principais eixos da transformação da mobilidade no concelho de Oeiras, alicerçada em dois projetos estruturantes: o novo SATUO e a linha LIOS. Ambos integram uma visão estratégica de longo prazo, orientada para reforçar a ligação de Oeiras à Área Metropolitana de Lisboa, através de soluções modernas, sustentáveis e intermodais.
“Estamos a falar do Cardinal, que condensa a visão estratégica dos transportes públicos do concelho”, explicou Rui Rei. “Compreende o SATUO e a LIOS como eixos longitudinais, a ferrovia e o BRT da A5, com capilaridade para as restantes soluções.”
O novo SATUO terá 9,7 km, 15 estações e funcionará em canal dedicado, sem interferência com o trânsito automóvel. Está projetado para servir até 30 mil passageiros por dia, com dois terços da procura a vir do concelho de Sintra. O investimento total deverá rondar os 100 milhões de euros. “Com luz verde até ao Verão, lançaríamos o concurso ainda este ano, 2026 adjudicaríamos a obra, que duraria cerca de dois anos, terminando em 2029 e entrando em operação em 2029.”, afirmou Rui Rei.
Já a LIOS, com um investimento estimado de 150 milhões de euros, ligará Algés ao centro de Lisboa em cerca de 15 minutos, com passagem por Linda-a-Velha, Miraflores e, numa fase futura, Reboleira. “Estamos a fechar os estudos e a preparar uma solução ligeiramente diferente da original, mas que servirá bem Oeiras, Lisboa e Amadora. Será revolucionário: imagine sair de Algés, Linda-a-Velha ou Miraflores e estar no centro de Lisboa em 10 ou 15 minutos. Será uma solução absolutamente transformadora. É a mesma coisa que estar na Avenida da República e apanhar o metro para o Rossio.”
Ambos os projetos estão previstos para estar concluídos até 2029/2030, com financiamento europeu e envolvimento direto da Câmara Municipal, CARRIS, TML e outros parceiros. “A Parques Tejo gere a mobilidade em Oeiras. Há três anos, era focada em estacionamento, mas hoje virou-se para a mobilidade e sustentabilidade. O estacionamento é a base — sem ele, não há mobilidade —, mas usamo-lo para alavancar projectos como o SATU e o LIOS. Somos um instrumento da Câmara, que detém 100% da empresa, e trabalhamos com parceiros internos e externos para executar a estratégia municipal.”, concluiu.
A entrevista evidencia o compromisso da Parques Tejo com o futuro da mobilidade. Enquanto instrumento da Câmara Municipal, a empresa assume um papel ativo na concretização das estratégias do município, impulsionando projetos que transformam a visão em realidade. Longe do foco exclusivo no estacionamento, a Parques Tejo afirma-se como um motor de inovação e sustentabilidade, promovendo soluções que preparam Oeiras para os desafios da mobilidade no século XXI.
Juntos movemos Oeiras!