Mobilidade e Logística Urbana | Desafios e Soluções

O evento Cidades e Logística, organizado pela Parques Tejo e pela APLOG, teve lugar no dia 2 de abril. Realizado no Templo da Poesia, o espaço trouxe o espírito da primavera, com bancos de jardim e vasos com plantas, que foram mais do que um detalhe estético, simbolizando o compromisso com a sustentabilidade, um tema que viria a acompanhar todo o evento. Ao longo das intervenções, discutiu-se logística eficiente e cidades mais verdes, refletindo o compromisso com um futuro sustentável e ágil.

A jornada começou de forma disruptiva, com José Limão a dar-nos as boas-vindas, um primeiro “olá”. Este que se tornou o grande anfitrião do dia, assumindo o papel de moderador e dinamizador em muitos dos debates. Acompanhou-o em palco Joana Batista, que iniciou a sessão com uma saudação calorosa, partilhando o orgulho de viver em Oeiras, um concelho inovador que já revolucionou a habitação e que tem colocado as pessoas no centro das suas políticas. Destacou como Oeiras passou de um território outrora degradado para a terra da mobilidade social, graças a escolhas estratégicas. Sublinhou também a importância da colaboração para essa mudança. “Para existir transição, é preciso proximidade entre pessoas e entidades”, reforçou, destacando como iniciativas como esta são fundamentais para promover a cooperação entre setores estratégicos.

Esta saudação contou também com a presença de Afonso Almeida, presidente da APLOG, que deu as boas-vindas à associação e destacou a importância do debate sobre logística urbana. Foi uma abertura a quatro, que incluiu ainda a intervenção do presidente do IMT, que lançou um apelo para que a política urbana seja vista também sob a perspetiva da gestão logística. Aproveitou ainda a ocasião para anunciar que o IMT irá lançar um Guia de Boas Práticas para a Logística Urbana.

Assim teve início um dia intenso e dinâmico, marcado por diversos painéis de debate que trouxeram contributos valiosos. Logo após a abertura, destacou-se o painel moderado por José Limão, que contou com a participação de Joana Batista, Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais. Juntos, exploraram os desafios e oportunidades da logística urbana, sublinhando a importância da colaboração entre municípios para a construção de cidades mais eficientes e sustentáveis.

Já na parte da tarde, um dos momentos mais relevantes foi o painel sobre estacionamento, moderado pelo inevitável José Limão. Este debate contou com Rui Rei, presidente da Parques Tejo, Nuno Oliveira, board member da Soltráfego, Carlos Silva, presidente da EMEL, e Paulo Miguel Casaca, presidente da Cascais Próxima. A discussão abordou estratégias inovadoras para a gestão do estacionamento e a sua relação com a mobilidade urbana, destacando a necessidade de soluções integradas para melhorar a acessibilidade e a eficiência das cidades.

O encerramento deste dia foi conduzido pelo presidente da Parques Tejo, Rui Rei, e por Andreia Antunes, diretora da APLOG, que juntos agradeceram a presença de todos.

Rui Rei, presidente da empresa de mobilidade de Oeiras, destacou a importância do poder político na tomada de decisões. Sublinhou que cada escolha implica a afetação de recursos escassos e, por isso, deve respeitar a sustentabilidade financeira. “Em Oeiras, tomamos opções racionais”, afirmou, reforçando que essas escolhas foram determinantes para transformar um território outrora desprovido de riqueza na segunda maior economia do país. Acrescentou ainda que este progresso só foi possível graças às empresas e à inovação, concluindo que “Em Oeiras, estamos sempre disponíveis para inovar e encontrar soluções.”

Andreia Antunes, diretora da APLOG, enalteceu a qualidade do evento, descrevendo-o como “um dia muito rico, com muita partilha de informação.” Destacou ainda a importância da presença de representantes de diferentes áreas, tanto da operação, como do setor empresarial e dos decisores políticos, todos reunidos no mesmo espaço. Essa diversidade, segundo Antunes, é essencial para a evolução da logística urbana, uma área que ainda tem um longo caminho a percorrer.

Este evento foi mais do que uma simples troca de ideias. Representou um passo significativo para construir um futuro urbano mais eficiente, colaborativo e sustentável. Ao refletir sobre as iniciativas de Oeiras e da Parques Tejo, fica claro que a transformação das cidades passa não só pela inovação, mas também pela capacidade de unir esforços e abraçar novas soluções com coragem e visão.

Juntos movemos Oeiras!

03/04/2025

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