
“O BRT é o melhor transporte público para as cidades”
“Gestores de mobilidade de cidades como Braga, Porto, Coimbra e Oeiras defendem o metrobus das críticas, que atribuem à “campanha eleitoral”. E garantiram que “é mais barato, eficiente e fiável”, no debate “Porquê o BRT?”, que decorreu em Braga.”
O artigo do Jornal de Notícias, que pode ser lido na integra aqui, faz a reportagem sobre a conferência nacional em que participou o presidente da Parques Tejo, Rui Rei.
“Cidades como Braga, Porto, Coimbra e Oeiras defendem o sistema BRT (Bus Rapid Transit) ou Metrobus como “o modelo de transporte público que mais se adequa às atuais necessidades de mobilidade das suas populações e ao seu território”. E, por isso, rejeitaram as críticas de que a opção por aquele sistema tem sido alvo, nos últimos tempos, atribuindo-as ao “período de campanha eleitoral para as eleições autárquicas” e a “desconhecimento”.
O tema esteve em foco, na última semana em Braga, numa conferência com o mote “Porquê o BRT?” como solução de transporte público, no âmbito do Portugal Mobi Summit, uma iniciativa das marcas DN, DV, JN e TSF, que contou com autarcas e os presidentes da Metro do Porto, Transportes Urbanos de Braga, Metro do Mondego e da Parques Tejo (Oeiras).
(…)
Oeiras aposta fichas no SATU e na A-5
Também o presidente da empresa de mobilidade de Oeiras, a Parques Tejo, se insurgiu contra os críticos que alegam que o BRT não é mais do que um autocarro. O veículo tem a particularidade de ter maior capacidade, ser elétrico, ter estações niveladas com a porta de entrada, para evitar demoras nas entradas e saídas, e bilhetes pré- -comprados nas estações.
Dando como exemplo o novo elétrico 15, que sai de Lisboa até Algés – e que deverá chegar ao Jamor – Rui Rei explicou que, mesmo funcionando num canal de carril autónomo, ele atinge uma velocidade entre 12km a 14 km/h, o que, na sua estimativa, pode ser claramente superado pelo BRT.
Rui Rei explicou que o município de Oeiras optou por um desenho de mobilidade que Tiago Braga Presidente Metro do Porto João Marrana Presidente Metro Mondego corresponde a um cardinal, com o SATU, o LIOS, o BRT na A-5 (ainda em estudo) e o Caminho de Ferro. E considera quase impensável que os governos não tenham reforçado a oferta de transporte público alternativo de qualidade numa área urbana que cresceu de modo tão significativo nas últimas décadas, no eixo Lisboa-Cascais.
“Graças aos seus parques empresariais, Oeiras é um território que recebe quase tanta gente diariamente para trabalhar como aquela que sai para trabalhar noutros concelhos limítrofes, pelo que precisa de soluções rápidas de mobilidade”. Rui Rei estima que o agora reformulado SATU – que passou da versão monocarril para BRT – vai poder transportar cerca de 35 mil pessoas por dia. E congratulou-se, por “finalmente se ter desatado o nó que permite a ligação a Benfica”.
No caso do Terminal de Algés, disse, “podemos ter de vir a fazer uma grande transformação” no sentido de aquela ser uma zona central para o transporte público metropolitano. “É uma grande oportunidade. E faz sentido ter um canal dedicado para o BRT que sirva também para o BUS”.
Mas a ideia central defendida por Rui Rei é a necessidade de “uma maior integração da rede de transportes metropolitanos”. E de as várias estruturas municipais e de transportes “saírem de uma lógica de capelinha e planearem em conjunto e de forma verdadeiramente integrada e intermodal a mobilidade da área metropolitana de Lisboa e colocarem o cidadão no centro”.
Sobre o, há muito tempo, reivindicado corredor de BRT na A-5 (autoestrada que liga Lisboa a Cascais), o presidente da Parques Tejo lembrou que os três municípios estão de acordo, e que o Governo também mostrou abertura, faltando agora apenas renegociar o contrato de concessão com a Brisa, o que estará a cargo de uma comissão. Um corredor exclusivo implica o alargamento da autoestrada nos dois sentidos.