Oeiras no centro do debate sobre mobilidade do futuro

O III Fórum Mobilidade e Transportes, da revista EuroTransporte realizou-se no dia 25 de setembro, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide. Pelo segundo ano consecutivo o evento teve a Parques Tejo como coorganizadora, e nesta edição reuniu mais de uma centena de especialistas, representantes de empresas do setor e autarcas na discussão dos desafios para criar uma mobilidade mais eficiente, tecnológica, inclusiva e sustentável.

Ao dar as boas-vindas aos participantes, o Presidente da Parques Tejo, Rui Rei, comentou uma peça jornalística, publicada nessa manhã, a propósito de um estudo sobre os impactos do transporte público gratuito, aproveitando para, com isso, recordar que o mesmo Auditório acolhera, em março de 2024, uma conferência dedicada a esse tema, também ela promovida pela Parques Tejo e pela EuroTransporte.

Para Rui Rei, tal mostra como Oeiras é um dos centros do debate sobre as políticas públicas que irão ditar o futuro dos sistemas de mobilidade e transportes, o que na sua perspectiva se deve não só à capacidade de congregar o conhecimento e experiência que existe no país, mas também graças a um planeamento de longo prazo do que se deseja para o território, porque, como salientou “Oeiras tinha tudo para ser mais uma zona suburbana, mas hoje é uma centralidade metropolitana”.

Parte substancial da intervenção dedicou-se a explorar os projetos estruturantes para o transporte coletivo em sítio próprio que o Município e a Parques Tejo se encontram a desenvolver, apelando aos participantes em como “importa combater alguma desinformação e ausência de contexto. Um BRT não é um simples autocarro, mas um sistema em canal dedicado. É possível existir uma mobilidade eficiente e sustentável sem que os transportes assentem em carris de ferro”, numa visão que é suportada pelos estudos e projetos técnicos.

 

O Presidente da Parques Tejo afirmou que projetos como o SATUO, o corredor BRT na A5, ou o LIOS – Transporte Rápido Lisboa/Oeiras, são essenciais para garantir que, no espaço de alguns anos, a população que se desloca no território do concelho, essencial em diversas ligações da Área Metropolitana, “dispõe de transportes que são competitivos em velocidade com o automóvel, e que têm frequências de 5 minutos, tal qual o Metro”.

Numa nota mais crítica, Rui Rei denotou que os decisores públicos não podem ficar reféns de indefinições e de criticismos, dando como exemplo que “já em 1985 se falava de um elétrico rápido entre Algés e a Falagueira, a passar aqui em frente, mas nenhum de nós cá chegou dessa forma. Com o LIOS, vamos fazer essa ligação”, sublinhando a boa capacidade de entendimento entre as Câmaras Municipal de Oeiras e de Lisboa na conceção do projeto.

Encerrando o seu discurso, o Presidente da Parques Tejo referiu novamente a necessidade de se efetuarem discussões sérias sobre a temática da mobilidade e transportes, de modo a evitar a contaminação do debate público com simplificações dos projetos estudados, desejando assim que os diversos painéis ao longo do dia contribuíssem para fomentar um maior conhecimento das transformações em curso.

Juntos movemos Oeiras!

26/09/2025

 

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