Município de Oeiras, APL e Parques Tejo, juntas pela frente ribeirinha de Algés
O Município de Oeiras, juntamente com a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a empresa municipal Parques Tejo, assinaram no passado dia 19 de fevereiro um Contrato Interadministrativo destinado a formalizar na gestão partilhada de parte da orla ribeirinha do concelho, sobretudo do eixo entre Algés e a Cruz Quebrada-Dafundo.
Na cerimónia, que decorreu na Torre VTS, e que principiou com apresentação de um vídeo relativo à história da Praia de Algés e aos projetos que marcarão o seu futuro, o Presidente da Parques Tejo, Rui Rei, destacou que o Contrato estabelecido representa uma etapa fundamental de um percurso de diálogo com a Administração do Porto de Lisboa, com a qual reconhece a capacidade de trabalho conjunto em prol do território.
Rui Rei prossegui anunciando que é objetivo da Parques Tejo conduzir, até ao verão, os trabalhos de construção necessários a reformular todo o espaço público da frente ribeirinha de Algés, com uma melhoria das acessibilidades e da regulação do estacionamento, e uma maior comodidade para a prática de atividades de desporto e lazer, de acordo com aquela que é a visão do Município de Oeiras.
Também Carlos Correia, Presidente da APL, partilhou a sua satisfação com a assinatura de um acordo que é mais uma etapa de cooperação com a Câmara Municipal de Oeiras, recordando também que a zona de Algés acolhe um dos centros nevrálgicos do Porto de Lisboa, a começar pela própria Torre VTS.
Para o responsável pela gestão portuária, a cooperação com Oeiras permitiu, ao longo dos anos, a construção de importantes infraestruturas, tais como os Passeios Marítimos de Algés e de Oeiras, bem como o complexo da Piscina Oceânica e Marina de Oeiras, numa relação de parceria que se tem pautado pelo sucesso, e para a qual se perspetivam novas etapas, nomeadamente com as possibilidades de criar infraestruturas portuárias de recreio e de pesca em Paço de Arcos e na Cruz Quebrada.
Além destes, Carlos Correia sublinhou também o projeto Ocean Campus, no eixo entre Pedrouços e o Jamor, articulado entre a APL, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Champalimaud, e que visa criar um hub de inovação e desenvolvimento para a economia azul, incluindo com a instalação de um pólo universitário ligado à investigação dos assuntos do mar, a Blue Business School.
Já no discurso de encerramento, o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras frisou que, apesar dos atritos que existem entre as várias entidades com responsabilidades na gestão do território, tem sido possível encontrar entendimentos relevantes, sendo o Contrato assinado exemplo disso mesmo.
Para Isaltino Morais, a valorização da frente costeira de Oeiras representa uma oportunidade à escala metropolitana, com a possibilidade de a barra do Porto de Lisboa passar a responder ao grande número de embarcações de recreio que aí procuram aportar, e que hoje não possuem as infraestruturas necessárias, destacando que o Município tem, desde há várias décadas, uma aposta coerente nessa vertente de desenvolvimento territorial.
Comentando também o projeto Ocean Campus, Isaltino Morais afirmou que a mesma poderá ter um impacto nacional na criação de conhecimento de valor acrescentado à economia, realçando que a colaboração dos Municípios de Oeiras e de Lisboa é e será fundamental para o sucesso desta ambiciosa visão.
Para além dos responsáveis pelos discursos, a cerimónia contou também com a presença de vários vereadores e técnicos dirigentes da Câmara Municipal de Oeiras, bem como responsáveis dos vários departamentos da APL e outras entidades com sede na área abrangida, entre eles o IPMA, a DGPM e a DGRM.
Assista aqui ao vídeo desta cerimónia.
Juntos movemos Oeiras!
19/02/2024